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Mulheres e tecnologia - Projeto It Girls

Projeto encoraja meninas da educação básica a ingressarem em cursos da área de computação.
publicado: 14/07/2021 15h30, última modificação: 16/07/2021 15h57
Exibir carrossel de imagens Oficina realizada pelo projeto para falar sobre o App Inventor, uma plataforma para desenvolvimento de aplicativos.

Oficina realizada pelo projeto para falar sobre o App Inventor, uma plataforma para desenvolvimento de aplicativos.

Projeto encoraja meninas da educação básica a ingressarem em cursos da área de computação.

A engenharia e o desenvolvimento de software já foram considerados trabalhos femininos, mas, com o passar do tempo a área de computação passou a ser vista como um espaço majoritariamente masculino. Como não é o gênero que determina a escolha profissional, o projeto de extensão It Girls vem atuando para transformar essa concepção limitante.

“Infelizmente, diferentes fatores contribuem para esse número reduzido de mulheres na computação, como o estigma existente que é uma área masculina, a falta de incentivo e a falta de percepção da representatividade que possuem na área”, comenta a coordenadora adjunta do projeto, a professora Thaise Costa, do Departamento de Ciências Exatas (DCE/CCAE).

Ação de extensão do departamento de Ciências Exatas  (CCAE - Campus IV), atua desde 2016.  Área temática: Tecnologia e Produção. Edital PROBEX 2021-2022.

Em razão disso, o objetivo do projeto é incentivar alunas da educação básica a ingressarem em cursos da área de Tecnologia da Informação. A última escola em que o projeto atuou presencialmente foi a Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental e Médio Cacique Domingos Barbosa dos Santos, em Rio Tinto. Na escola, foram realizadas várias atividades de incentivo ao protagonismo feminino como, por exemplo, oficinas na área de computação, visitas à UFPB e mostra de filmes.

Gabriela Andrade, engenheira de software e ex-participante do projeto, destaca a necessidade de haver projetos que estimulem as meninas a gostarem e acreditarem que existe espaço para elas na área de computação.

“Tira a ideia de que ‘computação é difícil e não é pra mim’ e que o universo da computação é de menino, além de apresentar mulheres que fizeram parte da criação desse universo como Ada Lovelace, Mary Keller, Grace Hopper, Carol Shaw, entre outras. Levar essa importância para fora da faculdade faz com que tenhamos mais diversidade nos ambientes de trabalho”, avalia a engenheira.

Oficina realizada pelo projeto para falar sobre o App Inventor, uma plataforma para desenvolvimento de aplicativos. Imagem: reprodução do Instagram.Outro propósito do It Girls It Girls é motivar alunas que já ingressaram na Universidade, mas que se deparam com a falta de incentivo para concluir o curso. Como ainda são cursos com a maioria dos alunos homens, muitas mulheres acabam sendo escanteadas. Fora algumas dificuldades encontradas no sentido de estudo, há também o machismo por achar que por sermos mulheres não entendemos do assunto, a falta de apoio e incentivo” expõe Ana Soares, estudante do curso de Sistema de Informação e voluntária da extensão. 

A ideia é promover uma rede de apoio, para que as alunas dos cursos de TI possam se conhecer e se ajudar. Dessa forma, elas conseguem debater sobre as desigualdades de gênero que ainda afastam tantas mulheres da área. “Quando estava no estágio e as coisas ficaram difíceis eu sabia que ali tinha uma rede de apoio com quem eu podia conversar”, exemplifica Gabriela.

It Girls nas redes 

Durante o contexto remoto, o projeto tem entrado em contato com escolas da região para realização de palestras para meninas do Ensino Médio. Contudo, a principal atuação tem sido mesmo no Instagram, onde a equipe faz postagens de notícias, recomendações sobre aplicativos e novas  tecnologias. Dicas culturais sobre filmes e séries ligadas ao universo feminino e/ou da computação também fazem parte do feed. Feed do Instagram do projeto. Imagem: captura de tela.

O conteúdo é pensado para conscientizar o público sobre a importância da mulher na história da Computação e suas conquistas atuais, além de incentivar a participação feminina na área.  

Uma das estudantes envolvidas na produção de conteúdo é a voluntária Ana Soares, que conheceu o projeto ainda no ensino médio por meio de amigos que estavam na graduação e comentavam sobre o assunto. A estudante faz parte do projeto há cerca de um ano, ela destaca a importância de dialogar com outras jovens.

“Muitas meninas gostam da área até sem ainda ter percebido, mas por falta de incentivo, de conhecimento e por ainda existir aquela crença de que é ‘uma área para homens’ muitas desistem. Então, é bom poder mostrar como tudo funciona e que elas podem fazer o que quiserem”, enfatiza a extensionista.  

Para acompanhar as publicações do It Girls basta seguir o projeto no ► IT Girls (@itgirlsrt) • Instagram photos and videos

Reportagem de Aléssia Guedes (bolsista PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX