Bancos que alimentam - Ano III

A ação estimula e apoia empreendedores para comercialização comidas juninas em João Pessoa

O projeto de extensão Banco de Alimentam atua há três anos promovendo ações para promover iniciativas empreendedoras na gastronomia regional.  Realizada desde 2020, a ação oferece um curso de empreendedorismo em comidas regionais de milho para mulheres em situação de vulnerabilidade social.

A terceira edição do projeto está sendo realizada pelo Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR/UFPB) e pela Agência de Cooperação Internacional (ACI/UFPB), em parceria com a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), o projeto Mesa Brasil (SESC), o Sindalcool e a consultoria BPM em alimentos.

Em 2022, além de 30 mulheres assistidas por instituições ligadas a bancos de alimentos de João Pessoa, o curso terá a participação de imigrantes venezuelanos. Com isso, o projeto se insere na estratégia de internacionalização da UFPB, pois ao atender refugiados, a ação promove tanto a assistência a estrangeiros em situação de vulnerabilidade social quanto oferece aos discentes da ação o desenvolvimento de conhecimentos em outras culturas e línguas. 

Esta edição do projeto tem novidades também nos conteúdos do curso, que está mais completo. Agora, além de conteúdos sobre gastronomia, com informações sobre receitas juninas, e de precificação, o curso abordará conteúdos  que irão ajudar os participantes na gestão do empreendimento.

Os novos conteúdos trazem aulas sobre boas práticas de manipulação, rotulagem e conservação dos alimentos, o que torna a produção mais segura. Há ainda aulas sobre Legislação do microempreendedor e uma tutoria para consolidação do empreendimento.

Outra novidade é o conteúdo sobre elaboração de relatório dos custos da produção, que ajudará os participantes a estipular o preço dos produtos de forma mais precisa. 

Como explica a professora Ana Braga, (Departamento de Tecnologia de Alimentos/CTDR e ACI/UFPB), coordenadora do projeto, o relatório é uma ferramenta importante para uma gestão mais eficiente da produção. “Com o relatório o empreendedor vai poder mensurar o quanto  utilizou com ingredientes e insumos e o quanto foi produzido. Ou seja, ele vai poder ver o rendimento da produção, bem como o tempo gasto para essa produção.  Baseado nesse relatório de produção o empreendedor vai poder calcular o preço do produto.”

Incentivado o empreendedorismo

O projeto é realizado sempre no período junino e já atendeu cerca de 110 mulheres. As aulas tiveram início no último dia 7 de junho e, diferentemente das edições anteriores, quando eram realizadas virtualmente ou em espaços de Organizações Não Governamentais, estão acontecendo nos laboratórios do CTDR/ UFPB.

Como explica Paola Souza, estudante de Relações Internacionais e extensionista na ação, o projeto proporciona um conhecimento relevante para as pessoas em vulnerabilidade social. “Acredito que o projeto colabora com a comunidade e dá a chance deles formarem um negócio”.

Uma das pessoas beneficiadas pelo projeto é Vera Lúcia de Almeida, moradora da comunidade Taipa, no Grotão. Ela destaca a importância do curso e os aprendizados que está adquirindo. “Estou participando do curso de comidas típicas e empreendedorismo e estou maravilhada com o curso, pois aprendo coisas novas todos os dias e esse aprendizado vai me ajudar financeiramente na minha independência.” 

já Pedro Rondón, cursista imigrante venezuelano, analisa que o curso está sendo muito positivo para motivar os empreendedores que trabalham com milho. Pedro ressalta que os conteúdos estão sendo apresentados com bastante clareza e de forma interessante.

Os relatos dos cursistas indicam que o projeto está alcançando seus objetivos. No entanto, para que a ação seja mais efetiva, a equipe do Bancos que Alimentam oferece aos participantes um kit com os ingredientes utilizados na produção das comidas juninas.   

Os itens são doados por empresas, instituições ou pessoas físicas interessadas em colaborar com a ação. Quem tiver interesse em contribuir com o projeto fazendo doações pode entrar em contato pelo Instagram @alimentec.educ ou procurar a Agência de Cooperação Internacional, no prédio da reitoria da UFPB, segundo andar, ou ainda pelo telefone 3216-7156.