Escolas de Mamanguape recebem projeto de extensão em educação ambiental

Contando com três usinas de cana-de-açúcar em seu entorno, a população do município de Mamanguape, a 52 km da capital, é acostumada às práticas da indústria sucroalcooleira. Ao observar o vínculo da região com o produto, o projeto Educação Ambiental em comunidade canavieira (Energia Doce do Saber) tem por objetivo despertar a consciência ambiental da população local. As crianças estudantes da escola Escola Municipal Maria Lúcia, localizada na Fazenda Monte Alegre, são o público-alvo do projeto.
Apesar do contato mais recente ter sido na EMEF Maria Lúcia, o coordenador do projeto, Hebert Henrique, explica que a ação tem um caráter itinerante, visando, assim, atingir mais estudantes da região. As atividades mensais contam com oficinas, jogos lúdicos, interações e palestras com temas diferentes. “Percebemos a necessidade de traduzir os conhecimentos acadêmicos e tecnológicos em ações educativas e práticas que despertassem a consciência ambiental, a valorização da cana-de-açúcar e o potencial das energias renováveis”, enfatiza o coordenador.
No último mês, a ação trabalhou com a comunidade escolar os temas da energia limpa e sustentabilidade. Segundo o bolsista do projeto, Joalysson Araújo, as crianças presentes “demonstraram interesse, acolheram bem a proposta, o que mostra um impacto inicial bastante promissor tanto na escola quanto na região”. As atividades trouxeram reflexão ao grupo formado por cerca de 30 estudantes sobre a qualidade do ar e como isso pode afetar as tarefas do cotidiano.

Para a próxima atividade, o bolsista compartilha que os estudantes terão contato com a cana-de-açúcar, matéria-prima da usina, usando o bagaço da planta. O objetivo das ações é levar aos alunos a possibilidade de olhar além do comum, apresentando práticas sustentáveis e de reciclagem, conscientizando-as desde a infância,
Contemplado pelo edital UFPB em seu município 2025, a ação, que ainda está em seu início, demonstra bons resultados ao olhos da equipe. Para o coordenador, “o impacto é visível tanto no campo educacional quanto social. A região passou a reconhecer mais o papel da cana-de-açúcar não apenas como economia, mas como agente de inovação, conhecimento e responsabilidade social.” finaliza.
Texto: Joyce Carvalho
Edição: Lis Lemos
